lunes, 6 de abril de 2015

O Incêndio na empresa ULTRACARGO em Santos demostra que todo cuidado com Produtos  Perigosos e pouco. Tão logo aconteceu o acidente, veio na minha mente o incêndio do Porto de São Francisco do Sul... Será outro evento semelhante?

Para ter sido uma explosão, existem duas hipóteses:
1: caso tenha havido fuga do produto devido a uma deficiência na instalação
2: que tenha tido um superaquecimento ou curto circuito em algum lugar perto do tanque de armazenamento do produto, o que ocasionaria a explosão, conhecendo que há elementos essenciais para que tenha um incêndio ou explosão, que são Combustível, Oxigeno e Calor, pelo que daí deduzimos o sucedido.

A técnica de resfriamento utilizada pelos bombeiros é a maneira correta de combater um incêndio com produtos inflamáveis, porque não existe outra maneira de controlar o incêndio que resfriando o tanque, para que não aconteça uma explosão, o que agravaria a situação. Esta técnica permite o controle, mas não a extinção do fogo, só procura baixar a temperatura do tanque e assim permitir que a carga contida dentro de o tanque queime-se por completo e dessa maneira extinga-se o fogo.

A transferência de produtos químicos próximos do lugar é outra medida de segurança acertada pelas equipes de bombeiros e de socorro que atuaram muito profissionalmente, sem  dúvidas , observa-se  que estão preparados para as emergências.

O que chama a atenção em todo este acidente, é que não se viu a aplicação de um Plano de Contingencia, para estes casos, por parte do Estado de Sao Paulo, nem da Prefeitura de Santos. De todos os informes publicados ao qual tive acesso, falava da aplicação de medidas unilaterais por parte dos Bombeiros, a Policia Militar e a Defesa Civil, e cada uma atuava por sua vez, sem que exista uma coordenação geral para casos de desastres, algo fundamental para responder melhor a essas emergências.

Sendo Santos um área de atividades portuárias e industriais importantes, deve contar com um Plano de Contingencia para casos como estes. Não se escutou nunca falar da implementação de Plano de emergência, que se tenha executado e cujo resultado possa trazer tranquilidade à cidadania que está preocupada com o que pode passar nesse lugar e que ponha em perigo às outras comunidades próximas ao lugar. Não pode estar agindo de maneira desigual em uma situação de emergência, considerando a magnitude deste evento que causou susto e que por sorte não trouxe consigo a morte de pessoas.

O mais preocupante ainda não se observa, pois o primeiro é apagar o fogo, controlar o incêndio e depois proceder a verificar a área danificada, para avaliar potenciais riscos para a população e a indústria. 
Assim, a preocupação maior se centrasse nas consequências pelo uso da água no combate a incêndio, e as causas que afetam a fauna marinha do lugar, já que apareceram peixes mortos nas proximidades do local do evento, o que indica que pode ter acontecido um importante dano ecológico ou ambiental.

O trabalho a desenvolver é bastante extenso ainda, apenas a primeira parte se está concluindo, controlar o incêndio, depois há de analisar as causas, determinar e verificar se as ações de respostas utilizadas foram as corretas, verificar a omissão de responsabilidade que permitiu que esse acidente aconteça, seja no âmbito privado, municipal ou estadual.

 Infelizmente estes tipos de acidentes são motivos de aprendizagens, para que possamos tomar medidas corretivas, que impeça que estes tipos de eventos ocorram, porque além de pôr em perigo a população, gera um retrocesso na atividade econômica na região que afeta  muitas pessoas do lugar.

O Estado de São Paulo deve extremar medidas de segurança e controles mais eficientes para este tipo de terminais de armazenamento de Derivados de Petróleo, porque está demonstrado que não pode ser improvisado e muito menos baixar o nível de controle, porque em uma próxima oportunidade, se não se tomam as ações corretivas, outros eventos poderão ser bem mais agressivos e catastróficos.


Portanto, a conscientização e formação de pessoal que trabalha nos portos ou terminais de carga e armazenamento destes produtos deve ser o apoio de toda norma de segurança que possa evitar ou em todo caso diminuir o nível de risco que representa a manipulação e armazenamento destes produtos.